A Cidadela do Cairo é um dos pontos turísticos mais populares no Egito. Fundada em 1176 por Saladino, famoso líder muçulmano, manteve-se como sede do governo egípcio por quase 700 anos. No alto dessa fortaleza, está a colossal Mesquita de Mohammed Ali, ou Mesquita de Alabastro, do século 19, feita de blocos e revestida de alabastro.
Sentada no chão dessa mesquita, ouvi o guia egípcio falar da religião islâmica: “Onde o muçulmano se prostra, ali é uma mesquita. No islamismo, cinco vezes ao dia os fiéis são chamados para suas orações diárias. Muitos muçulmanos chegam a ter calos na testa…”
Nos horários predeterminados de oração, dos minaretes das mesquitas, é emitido um chamado. No Egito e nos bairros árabes de Israel, presenciei algumas vezes esse chamado e vários homens e mulheres deixando suas atividades para ir até uma mesquita ou estender em algum local seus tapetes no chão e fazer suas preces.
Por cerca de 15 minutos, com a cabeça direcionada à cidade de Meca (na Arábia Saudita), ajoelham-se e tocam a testa no chão diversas vezes.
Já havia visto nos cantos de aeroportos e outros locais, muçulmanos ajoelhados sobre um tapetinho, fazendo suas orações. Mas nunca ouvira falar sobre os calos na testa.
Esses calos ou marcas arroxeadas, e às vezes em processo de cicatrização, são causados pela batida da testa no chão durante as orações. Nem todos os muçulmanos o exibem. Segundo os egípcios afirmam, são mais comuns no Cairo.
Jesus, nosso maior exemplo, não tinha horários marcados para oração, mas mantinha o hábito de orar sempre. Retirava-Se para lugares solitários – como montes ou o deserto – durante o dia, na madrugada ou a noite toda, conforme sentisse necessidade de comunhão com Seu Pai.
E foi inspirado pela vida de oração de Jesus, que um dos discípulos Lhe pediu que os ensinasse a orar. Em resposta, Jesus não apenas lhes deu a oração modelo, como também enfatizou a importância de perseverar na oração, pois nosso Pai está ansioso para nos responder.
Você pode não ter um calo na testa ou nos joelhos, indicando seu hábito de falar com Deus, mas que seu caráter seja marcado a cada dia por uma vida ativa de oração.