A Culpa não é da Mãe

 


“Mãe que é mãe sente culpa. Culpa do que fez e do que não fez e podia ter feito.”
Sônia Morais Santos

Mãe é uma palavra tão pequena, mas com tanto significado. Ela descreve amor, sacrifício, carinho, conforto, proteção, felicidade, segurança, cuidado, proteção, perdão. Mas também carrega o peso da autocobrança, frustação, busca por perfeição e da culpa.

Já percebeu que a culpa é sempre da mãe?

Gravidez não planejada, parto cesariana, nascimento pré-maturo, dificuldade na amamentação. Culpa da mãe.

Se a criança tem cólica a culpa é de quem? Certamente da mãe, que comeu o que não devia na gestação. 

Filho não dorme cedo? Culpa da mãe que não ensinou a criança a dormir. Não é diferente quando o filho faz birra, porque é obvio que a mãe não deu educação.

A criança fica período integral na escola? Culpa da mãe que está pensando na carreira e terceiriza a educação.

Gente a culpa é sempre da mãe? Essa criança não tem pai para culpar? [rs]

Sônia Morais Santos, jornalista, mãe e autora do livro “A Culpa Não é Sempre da Mãe”, reuniu de forma bem humorada, sua experiência de maternidade, relatos de mães e analise de psicólogos e pediatras, para abordar sobre a culpa.

Já na introdução do livro ela afirma, “Mãe que é mãe sente culpa. Culpa do que fez e do que não fez e podia ter feito” No segundo capitulo, ela aborda o “estereótipo da mãe perfeita”, onde descreve uma lista quase que infinita para ser uma mãe perfeita. Mas, ela alerta, “não faz mal querer ser tudo, desde que se saiba que é impossível consegui-lo sempre”.

Não é raro receber no consultório mães que se questionam “onde foi que errei?”. “O que fiz para meu filho ser assim?”.  Assumem para si a culpa por tudo que se relaciona aos filhos, desde um resfriado até um diagnostico de transtorno de aprendizagem, hiperatividade... 

Culpa, culpa, culpa! Porque exigimos tanto de nós mesmos? Queremos ser mães, esposas, profissionais e ainda ter um corpinho dos sonhos [rs]. Quem aguenta tanta cobrança?

Se desejarmos desempenhar bem nosso papel como mãe, o primeiro passo é ser tolerante com as próprias falhas. Reconhecer que nem sempre vamos acertar, mas temos dado o nosso melhor dentro daquilo que conhecemos e temos recurso.

De acordo com Ellen White, “a mãe raramente aprecia sua própria obra, e frequentemente se põe tão baixo na estima de seu trabalho que o considera como servidão domestica” (Lar Adventista, pg. 232).  
Como bem colocou Leo Fraiman “Demita-se do papel da mãe perfeita e idealizada”. Seja a mãe que seu filho precisa, mãe humana, carinhosa, atenciosa, dedicada. Mas que também fica irritada, cansada e não consegue resolver tudo. Nossos filhos não precisam de Super Mães, mas de mães humanas.

Dessa forma, vale se conscientizar do sentido de proporção, amor de mãe por um filho não é o fim sim, mas uma experiência de crescimento pessoal e sentido para vida.  “ o mundo necessita de mães que sejam não meramente no nome mas em todo o sentido da palavra”. Compreenda a mulher a santidade de sua obra e na força e temor de Deus assuma a missão de sua vida. “Eduque seus filhos para serem úteis neste mundo e para o lar no mundo melhor” (Lar Adventista, pg. 231).

Portanto, nosso papel é amar nossos filhos e tão somente amá-los, a ponto de dar limites e orientação para que sigam seus próprios passos, dependendo cada vez menos de nós.


Psicóloga, logoterapeuta, Palestra
Atendimento Presencial e Oline



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