Leitura da Bíblia
Um Capítulo por dia
Comentários em vídeo
RPSP - Oficial | Pr. Adolfo Suarez
RPSP - NT | Pr. Ronaldo de Oliveira
RPSP - Animação | Pr. Weverton Castro
A Carta - Áudio | Pr. Michelson Borges
RPSP - Áudio | Pr. Valdeci Júnior
RPSP - Comentário | Pr. Pedro Evilacio
RPSP - Em Espanhol | Pr. Bruno Raso
Comentários em Texto
Pr. Michelson Borges
O pecado será destruído
Comentário Blog Associação Geral
No capítulo anterior, o Senhor falou por intermédio de Isaías (v. 6) sobre pessoas fugindo do rei da Assíria quando de sua invasão do Egito, na época governado pelos etíopes. Assim, de fato, houve deportações em massa tanto de egípcios quanto de etíopes. Quando os assírios tomaram Samaria também deportaram israelitas. Esta é a razão porque Isaías no capítulo anterior fala das pessoas buscando por segurança e um lugar seguro.
Em Isaías 21, na visão contra Edom [Dumá e Seir são oásis e cidade de Edom] Isaías ouve alguém gritando: “Guarda, quanto ainda falta para acabar a noite?” A questão real aqui é: Quanto tempo teremos ainda que esperar até a chegada dos exércitos? O vigia responde que a manhã está chegando e também a noite, o que significa que o perigo potencial ainda não está no horizonte imediato, mas certamente acontecerá (vv. 11-12). Em sua última visão, contra a Arábia (vv. 13-15), Isaías exorta os habitantes de Temá para cuidarem dos refugiados que fugiram da guerra.
Querido Deus, ajude-nos a fazermos tudo que estiver ao nosso alcance para ajudar os refugiados e migrantes de guerra onde estiverem, especialmente aqueles que vieram para onde vivemos. Pedimos em nome de Jesus. Amém.
Koot van Wyk
Coreia do Sul
Reflexão - Heber Toth Armí
ISAÍAS 21 – A revelação é progressiva. Assim que Deus revela, a mensagem vai ampliando. Quanto mais estudarmos a totalidade da Bíblia, mais amplo será nosso conhecimento.
O capítulo em análise é um complemento dos capítulos 13 e 14. O profeta Daniel e o historiador Heródoto registram o cumprimento dessas profecias que tratam da queda do megalomaníaco Império babilônico.
Babilônia (vs. 1-10) e seus aliados: Duma e Arábia (vs. 11-17) estão contemplados na mensagem de juízo de Deus. Daí aprendemos:
• Após revelar Deus revelar Seus planos, Sua ação é imediata, rápida e impossível interceptá-la. Como os tufões do Sul e as tempestades varrem repentinamente, assim seria varrida Babilônia resultando em sua queda fatal. O poder babilônico descrito no Apocalipse também não impedirá a varredura de Deus no mundo (ver Apocalipse 17 e 18).
• Os poderes do mundo atuam porque os poderes do Céu lhes dão permissão. Elão e a Média foram instrumentos de Deus na destruição do Império Babilônico; deste modo também os reis da terra se unirão para provocar a derrota da Babilônia mundial no tempo do fim.
• Da festa, bebedeiras e diversões, o pecado leva ao terror numa só noite (Daniel 5). Somente será preservado por Deus aquele que for fiel como Daniel.
• Vários textos de Apocalipse são baseados nos textos apocalípticos de Isaías. O mesmo anúncio da queda de Babilônia literal é ouvido na queda da Babilônia escatológica (Apocalipse 14:8; 18:2-4).
• O juízo contra os inimigos de Deus e opressores de Seu povo é a esperança de libertação dos fieis que confiam na promessa divina. O desespero e destruição de uns é a esperança e salvação de outros.
• A idolatria aponta para a proliferação da religião falsa, além de revelar a quantidade de deuses inválidos diante da ação do verdadeiro Deus Todo-poderoso.
• Os árabes (vs. 13-17) estão sob atento olhar de Deus; os mulçumanos deveriam humilhar-se e reconhecer a soberania do Deus da Bíblia se quiserem verdadeira salvação.
Deus quer salvar os perdidos, mas não poderá fazê-lo por aqueles que não querem salvar-se. Deus instou os babilônicos a vigiarem: Em vez de festejarem deveriam aprontar-se para a batalha. Dumá e Arábia também receberam graça (tempo e aviso), mas preferiram a desgraça.
E quanto a nós, que faremos das solenes mensagens de Deus? – Heber Toth Armí.
Comentário Rosana Barros
Com dolorosos sintomas físicos e emocionais, Isaías revelou grande sensibilidade diante do que estava por vir. Sua comunicação com Deus receberia o reforço de uma terceira pessoa, um atalaia, que relataria o que o profeta não podia ouvir e nem ver (v.3). O Senhor conhece bem a estrutura de Seus filhos, e mesmo a Seus profetas, só pede o que sabe que podem realizar. Dia e noite, o atalaia aguardava o anúncio a ser proclamado. E a queda de Babilônia foi predita e proclamada como o rugido do símbolo de sua arrogância: “Caiu, caiu Babilônia” (v.9).
Enquanto a profecia anterior é clara, a profecia seguinte possui um requinte de mistério diante de uma pergunta sem uma resposta precisa: “Guarda, a que horas estamos da noite?… Respondeu o guarda: Vem a manhã, e também a noite; se quereis perguntar, perguntai; voltai, vinde” (v.11, 12). Já a sentença contra a Arábia revela detalhes de um cenário de batalha, com fuga para os bosques, escassez de água e alimento e a presença de armas de guerra. Para o profeta, eram palavras difíceis de falar e que, pela sua reação inicial, profecias que ele compreendeu em seu sentido mais fiel.
Assim declara a segunda voz angélica: “Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” (Ap.14:8). O vinho sedutor da grande meretriz espiritual dos últimos dias logo dará lugar ao “vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da Sua ira” (Ap.14:10). Eis uma revelação que também deve ter feito o profeta João tremer. Se a justiça de Deus aplicada às nações antigas já era considerada com temor, que dirá a Sua justiça final mediante o clímax de Sua ira. Certamente se cumprirá o que está escrito: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mt.5:6).
Mesmo diante de mensagens tão fortes e decisivas, não há o que temer para os que aguardam com perseverança o tempo de seu resgate; para os que, movidos pelo saudosismo de alcançar uma pátria superior, aguardam com expectativa o cumprimento da promessa: “Guarda, a que horas estamos da noite?” (v.11). Mesmo que não tenhamos uma resposta específica, mesmo que não saibamos o tempo exato da vinda do nosso Senhor e Salvador, precisamos permanecer em nossa “torre de vigia” (v.8), até que do alto possamos ouvir “a voz do Arcanjo” (1Ts.4:16).
“Tocai a trombeta em Sião e dai voz de rebate no Meu santo monte; perturbem-se todos os moradores da Terra, porque o Dia do Senhor vem, já está próximo” (Jl.2:1). Como derradeiros atalaias de Deus, precisamos gritar “como um leão” (v.8) que Jesus está voltando. Que Ele está às portas! Que este mundo está em contagem regressiva e não aguentará por mais tempo os destrutivos resultados do pecado. Ergamos as nossas cabeças, pois a nossa redenção se aproxima! E tão perto como estamos deste momento glorioso, se fizermos parte do seleto grupo dos salvos vivos, enfrentaremos o cenário da grande última batalha e nos sentiremos exaustos “diante do furor da guerra” (v.15). Mas teremos a nosso favor o Senhor dos Exércitos, poderoso nas batalhas, que de nossa fraqueza tirará forças. Ele nos sustentará até que do alto surja o raiar da tão desejada manhã gloriosa.
Enquanto aguardamos, amados, confiemos na confortante e fortalecedora promessa: “Reprime a tua voz de choro e as lágrimas de teus olhos; porque há recompensa para as tuas obras, diz o Senhor, pois os teus filhos voltarão da terra do inimigo. Há esperança para o teu futuro, diz o Senhor” (Jr.31:16, 17). Vigiemos e oremos!