Leitura da Bíblia
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Comentários em Texto
Pr. Michelson Borges
O jardim e as raposinhas
Comentário Blog Associação Geral
Este capítulo contém o primeiro dos dois sonhos da Sulamita, um ocorrendo antes do casamento (versículos 1-6) e o outro depois (5:2-8). Aqui ela sonha que está procurando ansiosamente por seu amado e finalmente o encontra. O tema “ausência-presença” recebe destaque no livro de Cantares. Tal como aconteceu com o primeiro casal no Jardim do Éden, os amantes precisam um do outro para serem completos e íntegros! Aqui e em outras partes de Cantares, encontramos evidências de um relacionamento de igualdade em que a mulher colabora ativamente, juntamente com o homem, para construir o relacionamento.
Em sua aplicação espiritual, esses versículos retratam o amor ardente que Deus deseja que tenhamos por Ele, um amor que O busca e não O deixa ir!
O Cântico de Salomão, na verdade, fornece um “Guia Bíblico para o Amor no Casamento”, com princípios práticos que se aplicam a cada estágio do relacionamento amoroso. Grande ênfase é dada aos vários tipos de intimidade que Deus deseja que experimentemos no casamento. Isso inclui intimidade: física, emocional, intelectual, na apreciação do que é belo, na criatividade, na recreação, no trabalho, nas crises, nos conflitos, nos compromissos, na comunicação e espiritual.
Senhor, guia-me a um relacionamento íntimo com minha esposa que envolva todos os aspectos do nosso ser, e a uma caminhada mais constante e íntima conTigo! Amém.
Richard M. Davidson
Professor de Interpretação do Antigo Testamento
Seminário Teológico da Andrews University
Reflexão - Heber Toth Armí
CÂNTICO DOS CÂNTICOS 3 – Estamos no terceiro capítulo deste livro romântico; no qual, conforme Tremper Longman, constam nele mais dois poemas:
• Poema nove: Procurar e (não) encontrar (vs. 1-5);
• Poema dez: Procissão de boda real (vs. 6-11).
O amor romântico é extasiante (Provérbios 5:15-19). As habilidades de dar e sentir amor foram inseridas em nosso coração pelo Criador. E, num mundo onde tudo ficou depravado devido ao pecado, Deus desperta amor verdadeiro, sincero, puro e nobre em nosso coração.
No livro em apreço, temos o seguinte esboço, conforme Warren W. Wiersbe:
1. Expectativa: O namoro (1:1-3:5);
2. Consumação: As núpcias (3:6-5:1);
3. Celebração: O matrimônio (5:2-8:14).
No capítulo em questão, avança-se da fase do namoro para as núpcias. No namoro bíblico não há intimidade sexual; na cama só dorme um, porém, sonha-se com casamento. Contudo, Deus precisa conduzir tudo (vs. 1-5).
“A palavra ‘amor’ é usada no plural em 1:2 e 4; 4:10 e 7:12, e pode ser traduzida por ‘amar’ ou ‘fazer amor’, referindo-se às ações do rei e não apenas aos seus sentimentos para com a amada. Porém, a Sulamita e o rei só consumaram seu amor depois do casamento (4:12-5:1). O sexo antes do casamento não era considerado aceitável em Israel. Se a noiva era acusada de pecado pré-conjugal, ela e seus pais deviam apresentar provas públicas da sua virgindade (Dt 22:13-21)” – explica Wiersbe.
A banalização do amor levou à banalização da sexualidade; consequentemente, ser virgem já não é valorizado como Deus planejou. A partir daí, as núpcias não têm tanto valor, a mesma ênfase e o mesmo êxtase, muito menos o mesmo significado nobre, espiritual e divino que deveria ter (vs. 6-11).
Segundo Richard S. Hess, estamos lidando com amor e matrimônio no centro do livro de Cântico dos cânticos. Esse centro inicia em 3:6 e conclui em 5:1.
Reflita: NAMORO…
• …período que antecede ao casamento.
• …é importante, não deve ser banalizado pelo “ficar”; deve ter intencionalidade de formar um lar.
• …não é casamento, nem “test drive” sexual; seu objetivo é o conhecimento do sexo oposto a fim de avaliar a possibilidade de casar.
• …com sexo é o caminho que Deus não traçou. Como querer que o casamento dê certo se o começo foi errado?
Concordas com estas revelações? Compartilhe! – Heber Toth Armí
Comentário Rosana Barros
Conheci meu esposo em um passeio promovido pela igreja. A partir daí, surgiu uma bela amizade onde, paulatinamente, foi despertando o interesse um no outro. Nesse meio tempo eu havia firmado um propósito com Deus de que só iria namorar com aquele que Ele me mostrasse que realmente seria o meu futuro marido. Enquanto isso, meu esposo também havia pedido em oração para casar com uma moça cristã. Foram seis meses como amigos, até que começamos a namorar. E entre namoro e casamento foram dois anos. Nós namoramos, noivamos e casamos certos de que estávamos dando passos firmes em direção à vontade de Deus. Apesar de jovens e até imaturos em muitos aspectos, eu posso afirmar que até aqui nos ajudou o Senhor, e posso dizer com propriedade que “encontrei logo o amado da minha alma” (v.4).
Porém, a procura pela pessoa certa nem sempre é tão bem-sucedida. Muitos têm buscado por alguém que satisfaça a sua lista de desejos antes de buscar a Deus, Aquele que deseja nos dar o melhor. A ansiedade provocada pela expectativa de ser feliz tem desvirtuado o verdadeiro sentido do casamento: fazer o outro feliz. E muitos lares são destruídos pela insatisfação pessoal e pela decisão prematura. O conselho dado no final do verso 5 deve ser seriamente considerado: “não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira”.
“E viveram felizes para sempre” é o sonho de todos que foram doutrinados pelo mundo encantado do faz de conta. Só que o príncipe acaba virando um sapo e a princesa uma bruxa na primeira decepção que acontece. A maturidade precisa ser desenvolvida antes do casamento, para que a certeza do passo seguinte motive a não deixar escapar com atitudes insensatas aquela que poderia ser a pessoa certa. Precisamos entender que todos estamos sujeitos a erros e que não existe a pessoa “perfeita” no sentido cinematográfico e sim no sentido de que perfeita é a pessoa que Deus escolheu para mim e para você.
A procura da esposa pelo seu amado, rodeando a cidade, “pelas ruas e pelas praças” (v.2), e o fato de tê-lo conduzido à casa de sua mãe (v.4), revelam a importância dada à aprovação dos pais para o início de um relacionamento, mesmo que muitos julguem ter encontrado o candidato ou a candidata perfeita. A opinião e os conselhos dados pelos pais ou pessoas com mais experiência devem ser levados em bastante consideração antes que seja marcado o “dia do seu desposório” (v.11), a fim de que este dia não seja um motivo de arrependimento, mas um “dia do júbilo do seu coração” (v.11).
Deus tem coroas de honra para aqueles que buscaram nEle a primazia do amor. Todo aquele que primeiro busca ao Senhor e não O deixa ir, não tomará parte em um casamento precipitado. Contudo, ainda assim, o nosso Deus é poderoso para transformar um suposto fracasso em vitória. Você pode ter iniciado mal, mas Deus tem o poder de renovar todas as coisas. Ore, clame, suplique! E Deus fará subir do deserto “toda sorte” (v.6) de bênçãos para o teu casamento e enviará anjos que como “valentes” (v.7) estarão ao teu redor, e os “temores noturnos” (v.8) não conseguirão destruir o que Deus criou para ser “até que a morte os separe”. Se, contudo, teu amor neste mundo não for correspondido, como Lia, olhe para o Céu e declare Àquele que nunca te rejeita: “Esta vez louvarei o Senhor” (Gn.29:35). Logo Ele voltará para nos buscar “no dia do júbilo do [Seu] coração” (v.11) e seremos felizes para sempre com o nosso Noivo! Vigiemos e oremos!