Informativo Mundial das Missões - 11/06/2022 | Um razão para viver

Embora nascido e criado em família cristã, em Luanda, Angola, eu nunca quis ir à igreja. Na minha infância, fiz todo o possível para evitar frequentar as aulas de religião porque isso significava que precisaria me preparar para o batismo. Como um pré-adolescente, era apaixonado pelo rock. Eu copiava o jeito de vestir e o estilo de vida dos roqueiros. Ao mesmo tempo, fiquei fascinado com os símbolos satânicos. Eu associava os símbolos à superioridade e rebelião; então decidi tatuá-los por todo meu corpo.

No Ensino Médio, meu melhor amigo era um gótico. Eu adorei esse estilo, usando roupas pretas e pintava a unha de preto. Meu amigo também amava rock, ele decorava o quarto com pôsteres de rock e símbolos satânicos. Em pouco tempo, comecei a usar bebidas alcóolicas e maconha, defendia o ateísmo e declarava abertamente que Jesus era um mito. Na adolescência, comecei a tocar rock e conheci um músico que declarava ter um pacto com o diabo. Gostei da ideia e, certa noite, falei com Satanás que poderia ter minha alma em troca de sucesso musical.

Mas, então minha vida desmoronou. Minha mãe morreu abruptamente, e meu pai, alcóolatra, passou a beber ainda mais. Sendo o mais velho de quatro irmãos, a responsabilidade de cuidar da família caiu sobre mim. Eu me sentia sufocado sob uma carga de problemas que pareciam impossíveis de solucionar. Em meio à crise, fiz uma promessa a mim mesmo de nunca beber ou fumar novamente. Passei a orar a Deus e abandonei a música. Comecei a sair com uma jovem que me apresentou a igreja adventista e frequentamos os cultos divinos.

Depois que nos separamos, reconectei aos meus antigos amigos e velhos hábitos. Entretanto, não estava feliz. Muitas noites adormecia embriagado ou drogado com maconha. Pensamentos suicidas enchiam minha cabeça. Minha vida parecia sem rumo ou propósito. Angustiado, chorei. Lembrei-me de Deus e orei pedindo ajuda. Sentia que estava morrendo e que sobrava poucos dias para viver. Contei à minha nova namorada sobre minhas aflições e ela mencionou um primo, que retornara recentemente a Angola após graduar-se em psicologia. Ele também havia se tornado adventista enquanto estudava no exterior. Durante a terapia, o primo aconselhou a reconstruir minha vida com Deus e explicou como fazê-lo.

Resolvi colocar Deus em primeiro lugar na vida e comecei a desenvolver hábitos saudáveis. A oração se tornou um hábito antes de tomar qualquer decisão, pois buscava somente a vontade de Deus. Enquanto a oração tornava parte regular da minha vida, ganhei coragem de sonhar novamente. Encontrei um motivo para viver. Lembrei-me de minha antiga namorada adventista e decidi voltar à igreja. Eu me perguntava como me sentiria nos cultos de sábado. O sentimento que tive me surpreendeu. No momento em que coloquei o pé na igreja, desejei ser batizado. Após o culto, matriculei-me imediatamente na classe batismal. Diferentemente de quando era um garotinho, agora queria aprender o significado do batismo e me preparar para esse momento. Durante a classe batismal, aprendi pela primeira sobre Jesus e o plano da salvação. A realidade do amor de Jesus aumentou o desejo de entregar meu coração a Ele através do batismo.

Hoje, posso dizer que, finalmente, sou livre. Vivo um dia após outro, saboreando a verdadeira paz e alegria incríveis. Finalmente, tenho um propósito e responsabilidade na vida: conduzir pessoas ao nosso Salvador e Criador. Antes usava minha influência para conduzir pessoas ao inferno, mas hoje uso, com a ajuda de Cristo, para conduzir pessoas ao Céu.

Parte da oferta trimestral ajudará a inaugurar uma Escola Adventista em minha cidade natal, Luanda, Angola. Muito obrigado pelas generosas ofertas.

 Informações adicionais 

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