Reavivados por Sua Palavra | Êxodo 32


 Leitura da Bíblia


Capítulo do dia | Narrada por Cid Moreira

Convidamos você a ler 1 capítulo por dia da Bíblia. Esse hábito irá transformar nossas vidas! 


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Pr. Michelson Borges

O Bezerro de Ouro e o Homem que fez Deus mudar de ideia

“O Senhor mudou de ideia quanto ao mal que Ele tinha dito que traria sobre o povo.” Êxodo 32:14


O triste episódio do capítulo 32 de Êxodo evidencia o mal do sincretismo religioso. Como Moisés estava demorando para descer do monte Sinai, o povo pressionou Arão para que ele fizesse um bezerro de ouro para ser adorado por eles. Touros e bezerros eram reverenciados por povos pagãos, “e o povo [hebreu] sentou-se para comer e beber e levantou-se para se divertir” (v. 6) diante da estátua. O verbo hebraico traduzido por “se divertir” ou “se entregar à farra” (NVI) costuma ter conotações sexuais. A adoração pagã era quase sempre relacionada com orgias imorais. E Deus não podia aceitar essa mistura do sagrado com o profano.


Quando Moisés desceu do monte e contemplou aquela cena deplorável, ficou irado, quebrou as tábuas de pedra que continham os Dez Mandamentos (numa atitude que representava a quebra da aliança por parte do povo) e destruiu o bezerro de ouro fabricado com o derretimento dos brincos e das joias trazidos do Egito. Deus então pediu a Moisés que O deixasse destruir o povo. Mas o Criador lá precisa pedir algo a alguém? Ele estava claramente provocando Moisés a interceder pelos pecadores. E é exatamente o que líder fez, levando o Senhor ao “arrependimento”, que, nesse caso, envolve mudança de planos baseada na graça perdoadora. 


Lições do capítulo 32: (1) Devemos desenvolver uma fé que suporte a demora. “Aqui está a perseverança dos santos” (Ap 14:12). Precisamos muito disso. (2) Imitam a atitude de Arão os líderes que procuram agradar as pessoas sem levar em conta a vontade de Deus. (3) Muitos desejam esta religião fácil e conveniente: ter um deus para adorar e “liberdade” para fazer o que quiser. (4) A aliança teve que ser ratificada e as tábuas, refeitas. Deus sempre concede uma segunda chance. (5) Assim como fizeram os levitas, precisamos tomar decisões firmes ao lado do Senhor. (6) Morreram quase três mil israelitas. O pecado traz consequências. Quando nos envolvemos com o mal, sempre morremos um pouco. (7) Moisés preferiu ter o nome riscado do livro da vida a ver seu povo destruído. Que amor! Jesus também arriscou a vida por nós. (8) Deus queria que Seu povo entendesse que o pecado é uma praga destruidora. Precisava discipliná-los. 


Promessa: Não importa o quão longe você tenha ido de Deus, se se arrependeu sinceramente de seus pecados, Ele perdoa e concede nova oportunidade de vida.


Arqueologia e história: Alguns cultos religiosos no Egito (sendo o de Ápis o mais proeminente) adoravam o touro e o bezerro. Os cananeus também veneravam touros. Baal, por exemplo, era associado ao touro, por causa da fertilidade. Tradições artísticas de Canaã retratavam os deuses cavalgando touros.


Comentários

Êx 32:1 – Moisés demorou a voltar do monte e o povo se corrompeu. Devemos desenvolver uma fé que suporte a demora. “Aqui está a perseverança dos santos.” Precisamos muito disso. 


Êx 32:2 – Arão cedeu à pressão do grupo, quando deveria ter sido fiel como a bússola é ao polo.


Êx 32:2 – Imitam Arão os líderes que procuram agradar a homens sem levar em conta a vontade de Deus. 


Êx 32:3, 4 – Os israelitas transformaram brincos em bezerro. Trocaram uma idolatria por outra. 


Êx 32:6 – “O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra” (NVI). Alguma semelhança com os nossos dias? 


Êx 32:6 – Muitas pessoas desejam esta religião fácil e conveniente: ter um deus para adorar e “liberdade” para fazer o que quiser. 


Êx 32:10 – Deus pede a Moisés para destruir o povo. Deus precisa pedir algo? Ele estava “provocando” a intercessão. 


Êx 32:14 – O “arrependimento” de Deus envolve mudança de planos baseada em Sua graça perdoadora. 


Êx 32:19 – A aliança teve que ser ratificada e as tábuas, refeitas. Deus sempre concede uma segunda chance. 


Êx 32:20 – Deuses feitos pela mão humana são menos que pó.


Êx 32:26 – Assim como fizeram os levitas, precisamos tomar decisões firmes ao lado do Senhor.


Êx 32:28 – Morreram quase três mil israelitas. O pecado traz consequências. Quando nos envolvemos com o mal, sempre morremos um pouco. 


Êx 32:32 – Moisés preferiu ter o nome riscado do livro da vida a ver seu povo destruído. Que amor! Jesus também arriscou a vida por nós. 


Êx 32:35 – Deus queria que Seu povo entendesse que o pecado é uma praga destruidora. Precisava discipliná-los.


Comentário Blog Mundial Associação Geral

Os hebreus saíram do Egito, onde a natureza era adorada através de centenas de deuses, numa religião espiritualista e complexa. Eles haviam sido resgatados de um mundo e visão de mundo mergulhado em enganos de Satanás. Agora que Deus os havia libertado e lhes provido todas as suas necessidades, era também necessário a eles passarem pelo mesmo processo de reeducação que Moisés atravessou nos últimos 40 anos, em seu exílio no deserto.

O bezerro de ouro poderia estar representando várias divindades egípcias. O touro Ápis era adorado em Mênfis como Ptah, o deus da vida. Hathor, a deusa vaca, era adorada em Tebas como deusa da maternidade, beleza, alegria e amor. Em Êxodo 32 o povo “se levantou para se divertir”, o que mostra claras conotações sexuais e pode ser relacionado à deusa Hathor.

Aarão, seu líder espiritual, cedeu aos pedidos e para justificar sua adoração anunciou uma “festa ao Senhor.” Este culto misto levou Deus a renegar os hebreus como “o Seu povo. Mas, quando Deus rejeita as pessoas que escolheram o bezerro em vez de a Ele, Moisés se adianta e pede que seu nome seja apagado do livro da vida. Tão grande era o amor de Moisés para seu povo que ele ofereceu sua vida pelas deles. Mas, há apenas uma morte substitutiva aceitável a Deus, a de Seu Filho Jesus.

Já aconteceu alguma vez de você ter comprometido o seu culto a Deus com as práticas do mundo? Aqui nós vemos as consequências de tal ação. Deus deveria ter um povo fiel a Ele, só a Ele, mesmo que o céu caia (Educação, 57).

Michael Hasel
Departamento de Arqueologia
Southern Adventist University


Pr. Heber Toth Armí

Reflexão 

ÊXODO 32 – A adoração sofreu corrupção cedo na história humana. Caim foi o primeiro a corrompê-la (Gênesis 4:1-7). Após o Dilúvio devido à crescente imoralidade, outra perversão sucedeu: Erigiram a Torre de Babel como portal dos deuses (Gênesis 11:1-8). Ao chamar Abraão, Deus o tirou dentre sua família politeísta (Josué 24:2-4). Embora Seus descendentes desceram ao Egito como remanescentes fieis a Deus, o Egito perverteu a religião deles.

Então, Deus libertou Israel da escravidão a fim de que praticasse a verdadeira adoração (Êxodo 4:22-23; 5:1-3; 8:26-29; 9:1, 13; 10:3, 8-11, 24-26). Contudo, depois da expoente experiência no Sinai, em menos de dois meses que Deus chamou Moisés para o cume do monte, o povo decaiu na idolatria. A impaciência do povo pediu deuses falsos, Arão consentiu. Então, houve um falso reavivamento e reforma e louvor: as mulheres tiraram suas joias e ofertaram generosamente; o povo levantou cedo, ofereceu sacrifício; então, começou a falsa adoração.

É muito fácil a impaciência perverter a crença. Inventar expectativas quanto às coisas de Deus pode desembocar em frustração ou perversão da fé. “A esperança que se retarda deixa o coração doente”, diz o sábio (Provérbios 13:12).

Moisés quebrou literalmente as novíssimas tábuas dos Dez Mandamentos escritas por Deus, para ilustrar o resultado real da perversão da adoração. E, depois, graças a Sua intervenção mediadora, Deus não consumiu Israel. Graças a mediação de Jesus hoje, não somos consumidos em nossos pecados; porém, mesmo assim, somos disciplinados. Os mais rebeldes são devidamente punidos por Deus no tempo certo (Êxodo 32:33-35; Hebreus 4:14-16; 12:3-12; Apocalipse 3:19)

Êxodo 32 nos alerta, mostrando-nos que pode acontecer da igreja de Deus e seus líderes espirituais caírem na ingratidão diante da graça divina; substituírem o Deus vivo por deuses marionetes; e, não reconhecer os próprios erros, pecados. Ao ser questionado sobre o deus bezerro, Arão explicou: “O povo trouxe-me o ouro, eu o joguei no fogo e surgiu esse bezerro” (Êxodo 32:24). Seria cômico, se não fosse trágico!

A tribo de Levi demonstrou prontidão pela verdade diante do apelo de Moisés (Êxodo 32:25-26). Tal atitude em posicionar-se com Deus resultou em bênçãos em sua história futura!

A lição é clara: Arrependamo-nos urgentemente para reavivarmo-nos corretamente! – Heber Toth Armí.

Fonte: https://reavivadosporsuapalavra.org/


Comentário Rosana Barros

Os dias em que Moisés permanecera no monte se transformaram em uma espera impaciente para os filhos de Israel. O povo cujas origens tinha a inscrição do Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó e que, com mão poderosa, fora liberto do cativeiro, levantou-se para reivindicar um deus como os deuses do Egito. Uma comitiva fora designada a fim de pressionar Arão a confeccionar deuses que eles pudessem ver e tocar. No coração de muitos falsos adoradores estava o sentimento de inveja da posição de Moisés e de sua privilegiada honra de ser o único a ver a Deus. A corrupção e a idolatria do Egito os acompanhara ao deserto, de forma que não estavam dispostos a ceder quanto às suas próprias vontades nem tampouco a serem limitados a adorar a um Deus que não podiam ver.

Com as joias que trouxeram do Egito, Arão fabricou “um bezerro fundido” (v.4). Iniciaram-se as festividades, “e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas” (v.6). Enquanto isso, lá no monte, o velho líder recebia a notificação divina de que o povo havia se corrompido, reunindo-se em uma festa idólatra. Ao acender-se a ira de Deus, percebendo a gravidade da situação, Moisés prontamente intercedeu pelos filhos de Israel, lembrando ao Senhor de Sua fiel promessa, feita aos patriarcas, de multiplicar-lhes a descendência (v.13). A ira de Deus provocara a compaixão no coração de Moisés. Seu amor pelo povo fora provado e aprovado por sua intercessão e renúncia da própria salvação (v.32).

Com as tábuas da lei em mãos, Moisés desceu do Sinai cheio de santo temor. Ao ouvir o alarido da multidão em festa e ver “o bezerro e as danças… arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte” (v.19). Esta não foi uma atitude precipitada e nem condenável, mas simbólica e que representa o pecado, que nada mais é do que a quebra dos mandamentos do Senhor. O povo havia quebrado a Lei de Deus e “estava desenfreado” com a fraca liderança provisória de Arão (v.25). Contudo, mesmo diante de tamanho caos, houve um chamado especial que definiria o destino dos filhos de Levi: “Quem é do Senhor venha até mim” (v.26). A morte dos “três mil homens” (v.28) nos diz que, numa multidão composta por milhões de pessoas, uma pequena parcela é suficiente para espalhar maldição pelo poder da influência.

Este relato apresenta o conflito que ameaça a nossa salvação, e os retratos do verdadeiro adorador e do verdadeiro líder. Moisés tinha acesso direto ao Senhor não por ser melhor do que seus liderados, mas porque a sua adoração não se resumia aos seus encontros com Deus no monte. Dia após dia, o idoso peregrino mantinha comunhão com o Eterno, consciente de que sua posição não lhe conferia a predileção divina, e sim mais e mais necessidade de consagração. Nada fere mais o coração de Deus do que a autossuficiência humana. Mesmo aqueles que pensam estar seguros dentro do arraial, precisam atender com urgência ao apelo: “Consagrai-vos, hoje, ao Senhor” (v.29).

Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo falou quanto ao perigo de confiar na própria espiritualidade. E, trazendo à memória os exemplos de Israel, inclusive do capítulo de hoje, nos deixou a solene advertência: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1Co.10:12). Consagre-se ao Senhor todos os dias. Faça disso o seu principal objetivo de vida. Não acesse os meus comentários antes de acessar ao “Assim diz o Senhor” (v.27). Vá à Palavra. Deus deseja falar diretamente ao seu coração. Pela fé, suba ao monte da comunhão para ver e ouvir o seu Senhor e Salvador. Que mesmo em meio às provas desta vida, como Jó, possamos descobrir o sublime resultado da comunhão diária: “Eu Te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos Te veem” (Jó 42:6).


      Comentários Selecionados

5 Um bom exemplo de mistura de verdade com erro. Celebrar uma festa ao Senhor diante do bezerro de ouro não iria validar a ação errada (Andrews Study Bible).

divertir-se. Este aspecto da celebração se assemelha a outras festas religiosas que frequentemente incluiam danças ruidosas e interações sexuais. O verso 25 também sugere celebrações descontroladas (Andrews Study Bible).

teu povo. Em contraste gritante com “Meu povo” em 3:10. A quebra da aliança tem repercussões de longo alcance (Andrews Study Bible).

13 Lembra-Te. Não era Moisés que tinha de suscitar a misericórdia de Deus (14), mas sim, o próprio Deus que, graciosamente, dera a Moisés a oportunidade de tomar parte na bem aventurada obra da intercessão, em condições ideais, nas quais não estava irado e fora de si (Bíblia Shedd).

20 A destruição do bezerro de ouro é completa (queimado, triturado, diluído em água) e é similar à destruição de uma divindade como citado em um texto canaanita (Andrews Study Bible).

queimou-o. Talvez o bezerro tenha sido de madeira folheada a ouro. (Bíblia de Genebra).

24 Saiu este bezerro. Era uma desculpa ridícula, como se o bezerro tivesse fabricado a si mesmo. Mas, pelo contrário, no mundo espiritual, quem dá ouvidos às dúvidas, às tentações e às forças que destroem sua consciência, verá, com espanto, que seu pecado, pesado e bem forjado, já se tornou uma realidade concreta em sua vida (Bíblia Shedd).

26 entrada. Termo equivalente a “porta”, que era o lugar do juízo na cultura israelita (Andrews Study Bible).

32 Risca-me. Moisés se identificou de tal maneira com o povo que Deus havia confiado aos seus cuidados pastorais, que se tornou semelhante a Cristo (Hb 2.17; Jo 15.12-15; Sl 77.20) (Bíblia Shedd).

Fonte: https://reavivadosporsuapalavra.org/


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