Helen nascera perfeita, mas um problema na primeira infância a deixou cega e surda para sempre.
Perdida em seu pequeno mundo escuro e silencioso, começou a agir como um bichinho assustado. Se não tinha o que queria, atirava-se ao chão, esperneava, estapeava as pessoas, mordia, batia a cabeça nos móveis e no chão e gritava até seu rosto ficar molhado de saliva e lágrimas. Furiosa por qualquer coisa, atacava o que e quem estivesse por perto.
Anne Sullivan, uma deficiente visual, passou a enxergar um pouco com a ajuda de cirurgia. A partir de então, ela decidiu dedicar sua vida ao ensino de outros deficientes visuais. Helen estava com quase sete anos quando Anne veio viver com a família. Percebendo a criança robusta e saudável, porém descontrolada, ela começou a lhe ensinar a autodisciplina.
Helen não podia reagir como bem entendesse quando queria alguma coisa. Firme, Anne não lhe dava as coisas quando a menina reagia beliscando-a ou atirando-se ao chão. Algumas vezes, ela afastou Helen de seus pais, para que não atrapalhassem o processo, com pena de contrariá-la.
Por meio da autodisciplina, rapidamente ela aprendeu os alfabetos Braille e manual. Com os dedos sentindo a vibração do som na garganta de Anne, imitava-o até conseguir articulá-lo corretamente.
Helen aprendeu a ler, escrever e falar. A leitura da Bíblia foi uma de suas grandes inspirações. Posteriormente, ela recebeu prêmios, medalhas, condecorações, títulos e diplomas honorários nos cinco continentes. Tornou-se escritora e poetisa. Lutou pelos cegos e surdos-cegos, comparecendo perante governos, participando de conferências, escrevendo artigos e, sobretudo, dando exemplo do que uma pessoa severamente prejudicada pode alcançar pela autodisciplina. Helen Keller faleceu em 1968, com quase 88 anos.
O verso de hoje fala de indisciplina nas palavras. Muitas mulheres talentosas deixam de realizar grandes coisas por serem precipitadas no falar. A autodisciplina inclui a capacidade de não se deixar controlar pela irritabilidade do momento, mas ter o domínio de si sempre.
Que mantenhamos nosso eu, nossas palavras, ações e todo o nosso potencial sob a norma divina! Assim estaremos mais aptas a realizar grandes coisas para Deus e pelo próximo.