Reavivados por Sua Palavra | Levítico 12


 Leitura da Bíblia


Capítulo do dia | Narrada por Cid Moreira

Convidamos você a ler 1 capítulo por dia da Bíblia. Esse hábito irá transformar nossas vidas! 


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Comentários em Texto


Pr. Michelson Borges

Impureza e Proteção Pós-parto

“Esta é a lei a respeito da que der à luz um menino ou uma menina.” Levítico 12:7


Os costumes descritos em Levítico 12 nos são estranhos, mas a intenção de Deus é sempre a mesma: tornar-nos santos e puros, e, nesse caso específico, proteger a mulher que havia dado à luz. Estando “impura” por vários dias, isso garantia que ela pudesse ficar em casa e se dedicar exclusivamente ao bebê. Na cultura hebraica, a mulher era bem mais valorizada que em outras culturas, nas quais ela era tratada como inferior ao homem. A mãe necessitava de “expiação” para remover sua impureza, mas não necessitava de perdão, pois ela não havia pecado ao gerar uma criança.


A circuncisão do bebê era feita no oitavo dia, justamente quando a protrombina (envolvida na coagulação) alcançava o seu pico; assim, além de se tratar de uma cerimônia que apontava para a aliança de Deus com Israel, a circuncisão, muito tempo depois, revelou outra das antecipações científicas da Bíblia. 


Novamente vemos nesse capítulo o evangelho inclusivo: se a mulher não tivesse condições de levar um cordeiro, poderia oferecer pombinhos, exatamente como fez o humilde casal de Nazaré: Lucas 2:24.


Promessa: Deus olha para os menos favorecidos e protege os mais desprotegidos. Ele espera que os cristãos ajam sempre com amor e justiça, seguindo-Lhe o exemplo.

Comentários

Lv 12 – Os costumes nos são estranhos, mas a intenção de Deus é sempre a mesma: tornar-nos santos e puros. 


Lv 12 – O pecado é um mal hereditário, mas Deus lida com ele em nossa vida assim que nascemos. Nos purifica. 


Lv 12 – Na cultura hebraica, a mulher era bem mais valorizada que em outras culturas. Depois Jesus reforçou isso. 


Lv 12:3 – A circuncisão era feita no oitavo dia, justamente quando a protrombina (envolvida na coagulação) alcançava o seu pico. 


Lv 12:7 – A mãe necessitava de “expiação” para remover sua impureza, mas não necessitava de perdão, pois ela não havia pecado ao gerar uma criança.


Lv 12:8 – Novamente vemos o evangelho inclusivo: se a mulher não tivesse condições de levar um cordeiro, poderia oferecer pombinhos.


Comentário Blog Mundial Associação Geral

Após a “queda” (Gn 3), todos os seres humanos passaram a ser mortais e sujeitos à morte por causa do pecado (Rm 6:23). Certas coisas, chamadas de “impuras”, estavam associadas com o ciclo nascimento-morte. Estas incluíam sangue, sêmen e outros fluídos de órgãos reprodutivos, pele em deterioração [lepra] e, por fim, cadáveres. Estas coisas não eram, necessariamente, impuras em si, mas se enquadravam numa categoria que enfatizava o estado físico de pecaminosidade que termina em morte. Portanto, a impureza deveria ser separada das coisas sagradas. Nos dias de hoje, quando o templo terreno não mais existe, o ritual de purificação é desnecessário. No entanto, o registro do sistema de purificação do santuário nos ensina ainda hoje a respeito da natureza de nossa relação com Deus.

Após o parto, a mãe sangrava por várias semanas, tornando-se impura nesse período. Talvez pelo fato de uma menina poder nascer com sangue em sua área genital, nesse caso a mãe levaria a impureza da bebê por duas vezes mais tempo do que se tivesse um menino. A ênfase aqui na impureza do sexo feminino não quer desvalorizar as mulheres em relação aos homens, que poderiam também ter muitas impurezas (Lv 15). Para completar sua purificação, a mãe tinha que oferecer sacrifícios, incluindo uma “oferta pelo pecado.” Isto é melhor traduzida como “oferta de purificação”, porque ela não havia cometido um ato de pecado e não precisava de perdão.

Roy Gane
Andrews University


Pr. Heber Toth Armí

Reflexão 

LEVÍTICO 12 – A vida humana deriva da vida divina. Não haveria vida se não houvesse Deus. A morte é resultado do pecado. O pecado desconecta o ser humano da fonte da vida, e, isso resulta em interrupção/cessação da vida.

O salário do pecado é a morte. Para qualquer pecado, a morte é a sentença. Santidade não combina com pecaminosidade. Deus é intolerante ao pecado. O pecado opõe-se a Deus e Deus opõe-Se ao pecado.

Assim, este capítulo revela a graça divina frente à desgraça humana caída na lama do pecado. A mulher foi a primeira a pecar, deveria ter morrido antes de induzir o homem a fazer o mesmo; contudo, é a mulher que tornou-se Eva, mãe de todos os viventes. Ambos deveriam morrer, mas recebem de Deus a graça de gerar filhos/vida.

Assim, quando a mulher gerava vidas/filhos, seja menino ou menina, ela deveria levar um cordeiro de um ano ao santuário para ser sacrificado/morto e um pombinho ou rolinha para expiação do pecado (v. 6). Se a mulher fosse pobre e não tivesse condições de levar um cordeiro, deveria oferecer dois pombinhos ou duas rolinhas (v. 8).

Sem exceção, deveria haver morte após o nascimento de toda criança.

Além disso, havia um ritual de purificação da mulher, não da criança quando nascesse.

1. Se fosse menino, a mulher deveria se resguardar por sete dias, e depois mais 33 dias deveria ficar em casa e não tocar nada sagrado.
2. Se fosse menina, a mulher deveria se resguardar por 15 dias, e depois mais 66 dias deveria ficar em casa e não tocar nada sagrado.

Nisso consiste o cuidado gracioso de Deus à mulher. Com essa lei ela esta estava livre para descansar das exaustivas atividades diárias quando recuperava suas forças. Também, Deus limitava as visitas que pudessem contaminá-la quando estava num período de maior risco de contrair infecções. Além de ser um momento de reflexão sobre como alguém que merece morte, gerava vida.

• “A declaração de impureza desempenha, portanto, uma função religiosa, simbólica e higiênica” (Merril F. Unger).

• “As normas do parto neste capítulo mostram o terno cuidado de Deus pelas mães. As mulheres, com certeza, ocupam um lugar de honra nos planos de Deus” (Francis D. Nichol).

Por tudo isso, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

Comentário Rosana Barros

A lei instituída por Deus à Israel acerca da purificação da mulher depois do parto dá sequência às leis de saúde. Os prazos distintivos de acordo com o sexo do bebê, porém, são a maior causa de dúvidas quanto a este capítulo. Não se sabe ao certo o porquê da diferença entre o nascimento de um menino ou de uma menina exigir da mãe prazos divergentes de purificação: 40 dias para menino e 80 dias para menina. Alguns dizem que era porque o menino era circuncidado e a menina precisava, portanto, de um período maior de purificação. Outros afirmam que era devido ao sexo masculino ser mais valorizado naquela época. Porém, uma coisa é certa, se foi uma lei estabelecida por Deus, havia um amoroso objetivo e uma recompensa em seu fiel cumprimento.

De acordo com a medicina, o puerpério é um período em que a mulher passa por alterações tanto físicas quanto psicológicas até que recupere a sua condição anterior à gravidez. O período em que a mãe ficava somente em função de seu bebê a mantinha mais protegida contra enfermidades, dado o seu sistema imunológico estar mais vulnerável (lembrando que naquela época não se tinha os recursos que temos hoje, como hospitais, medicamentos ou absorventes). Este período puerperal promovia também a construção de fortes laços entre a mãe e o bebê, além de proporcionar o descanso necessário para a total recuperação pós-parto. Creio que estas tenham sido as principais finalidades desta ordem de Deus, o Médico dos médicos. E como o nascimento de uma menina não era bem visto como o era o nascimento de um menino, certamente a mãe precisava de um tempo maior para assimilar a realidade de que sua filha não receberia os mesmos benefícios e tratamento que os filhos homens recebiam.

Muitas vezes não compreendemos os desígnios de Deus, e outras vezes nos parecem loucura. Questionamos o Senhor e procuramos justificar nossas atitudes com nossa própria noção do que seja certo ou errado. Contudo, a lógica humana é infinitamente aquém da sabedoria divina. Certamente o objetivo principal da criação de tal lei tenha sido a preservação da vida da mãe e do bebê e mais uma forma do Senhor fazer distinção entre o limpo e o imundo. Deus não está preocupado em que tentemos desvendar os motivos para tal ordem, e sim, que pelo poder da Sua Palavra, sejamos santificados. Que possamos perceber em cada ordem divina o Seu amor ali impresso. Que em cada relato possamos ver o Seu cuidado para conosco.

Este sempre será o real objetivo de Deus para conosco: amar para salvar! Assim como Ele desejava preservar a vida dos filhos do Seu povo Israel e purificá-los desde o nascimento, Ele deseja preservar e purificar o Israel de Deus dos últimos dias. Foi pensando no bem-estar das mulheres e das crianças que Ele estabeleceu tal lei. O salmista Davi escreveu: “Os Teus olhos me viram a substância ainda informe, e no Teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda” (Sl.139:16). Se Deus olhou para nós quando ainda nem éramos um feto formado, quanto maior cuidado Ele não tem quando iniciamos a nossa vida neste mundo. Que muito acima de leis e estatutos, possamos enxergar o amor de um Deus que se preocupa conosco nos mínimos detalhes. Que o nosso “eu acho” se curve perante a majestade do “EU SOU”, Aquele que nos criou e age para o nosso próprio benefício conforme as nossas necessidades.


      Comentários Selecionados

Disse mais o Senhor. O capítulo precedente trata da impureza ocasionada pelo contato com várias criaturas “imundas”. Os capítulos 12 a 15 lidam com a impureza pessoal, tanto física quanto cerimonial, que não envolve transgressão moral. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 1, p. 820.

imunda (ARA; NVI: impura). A impureza provinha do sangramento (v. 4, 5, 7), e não do nascimento. Bíblia de Estudo NVI Vida.

O fluxo de sangue depois do parto tornava uma mulher imunda (vs. 4-5, 7). A perda de sangue poderia levar à morte, o que ilustra a relação da impureza com a morte ou com a ameaça de morte (caps. 11-16, nota). Biblia de Genebra.

Deus abençoou a reprodução humana ao dizer: “Sejam férteis e multipliquem-se!” (Gn 1:18, NVI). Essa bênção continuou sendo válida após a queda em pecado (Gn 9:1), mas porque o pecado resulta em morte (Rm 6:23), cada novo nascimento é mortal(Rm 5:12). Ao chamar de “impuros” os aspectos masculinos e femininos da reprodução humana que envolvam fluxos de sangue ou de sêmen de órgãos genitais (menstruação, emissão noturna e relação sexual [veja tb Lv 15; Dt 23:10-11], assim como o próprio nascimento, Deus não está condenando esses eventos como pecado [ou pecaminosos] – são coisas simples que precisam de rituais para tratar com elas. Andrews Study Bible.

do seu sangue. Os seis primeiros dias após o parto eram críticos para a mãe, pois havia considerável perda de sangue. Depois de uma semana, considerava-se que a crise havia passado. Durante 33 [ou 66] dias, a mãe não podia ir ao santuário ou participar de cerimônias religiosas. Não devia assistir a qualquer cerimônia pública [ver razão no comentário do v. 7]. Era a mãe, e não a criança considerada impura. CBASD, vol. 1, p. 820.

5 Sendo que havia perda de sangue no nascimento de uma criança, aplicavam-se as leis da purificação, 15.16-18. Biblia Shedd.

O texto não explica por qual razão o nascimento de uma filha tornava a mãe duas vezes mais imunda do que o nascimento de um filho. Talvez uma filha, como uma mãe em potencial, estivesse mais sujeira à impureza do que um filho. Biblia de Genebra.

A razão para um período de impureza maior mais longo do que no caso do nascimento de menino não é dada aqui e em nenhum outro lugar. CBASD, vol. 1, p. 820.

O fato de que as mulheres se tornavam mais impuras do que os homens não as desvaloriza enquanto pessoas; elas simplesmente desempenham um papel especial na reprodução. Andrews Study Bible.

por holocausto. Não era a mãe que devia oferecer o sacrifício. ela apenas deveria levar a oferta ao tabernáculo e entregá-la ao sacerdote, que a oferecia em seu lugar. Ela também levava uma oferta pelo pecado que o sacerdote oferecia por ela. … Na ocasião do nascimento, parece haver uma ênfase intencional mínima sobre o pecado, e a oferta exigida era simplesmente um sacrifício simbólico. Não havia confissão ou imposição de mãos. CBASD, vol. 1, p. 820.

fazer propiciação por ela… que ficará pura. A mãe precisava de “expiação” no sentido de remover sua impureza, mas ela não precisava de perdão (contraste com 4:26, 31), porque ela não havia pecado ao dar à luz um filho. Andrews Study Bible.

ela será purificada. Nos tempos antigos, as mulheres não tinham muita alegria na vida. Elas faziam a maior parte no trabalho árduo que cabia aos homens. Isso ainda acontece em muitos países, onde tanto o trabalho de casa quando o de campo são feitos pelas mulheres. Dava-se pouca consideração por ocasião do parto e, na verdade, elas eram tratadas de modo desumano, conforme o costume. Foi sob tais condições que Deus fez provisão para as mães de Israel, prescrevendo-lhes um período de relativo repouso e isolamento durante algumas semanas. elas deviam desfrutar repouso e calma, enquanto recuperavam as forças. As normas do parto neste capítulo mostram o terno cuidado de Deus pelas mães. As mulheres, com certeza, ocupam um lugar de honra no plano de Deus. Algumas se tornaram líderes e outras, profetizas. Através das provações da vida receberam o cuidado protetor de Deus e foram convidadas a levar a Ele suas perplexidades (ver DTN, 512). Todos devem dar às mães a devida honra. CBASD, vol. 1, p. 820, 821.

se as suas posses não lhe permitirem… duas rolas ou dois pombinhos. A mais célebre das ofertantes pobres é a própria mãe de Jesus, Lc 2.24. Bíblia Shedd.

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