Dirigindo-se imediatamente a Jesus, Judas disse: “Mestre!”, e O beijou. Marcos 14:45
Judas, o único discípulo não escolhido por Jesus, decidiu segui-Lo na esperança de obter posição elevada em Seu reino. Seus talentos e habilidades o tornaram respeitado pelos discípulos. Mas, veladamente, ele reprovava cada um deles; achava que com eles a igreja nunca avançaria, pois não percebiam suas oportunidades nem se aproveitavam das circunstâncias.
Entretanto, Judas não “era insensível à beleza do caráter de Jesus; e muitas vezes, ao ouvir as palavras do Salvador, vinha-lhe a convicção” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 58). Ele desejou uma mudança em si, mas, entre desejar e permitir que a vontade prevaleça, há um espaço perigoso. Ele ignorava seu caráter fraco, e Cristo o colocou onde tivesse oportunidade de observá-lo e corrigi-lo.
A vida íntegra e altruísta de Jesus contrastava com a disposição cobiçosa de Judas. Ao receber algum dinheiro, era tentado ao ganho ilícito. Qualquer pequeno favor prestado a Cristo era pretexto para remunerar-se. Perante Deus, era ladrão.
A cobiça levou Judas a trair Jesus. Ele acreditava que assim Jesus imporia Seu reino e Se defenderia da prisão. Entretanto, Jesus amava Judas e tentou alcançá-lo até o fim. Judas não traiu Jesus por causa de uma fraqueza inesperada; na verdade, ele planejou cuidadosamente o ato.
Após a traição, Judas afirmou que traíra sangue inocente, mas sua confissão não era genuína. Ele apenas sentia tristeza pelas consequências. Afastara-se tanto de Jesus que não se perdoava. Judas também não conseguia aceitar o perdão de Jesus. Horrorizado, não viu qualquer solução a não ser o suicídio.
É triste quando pessoas talentosas que poderiam fazer avançar a obra de Deus acariciam pecados e terminam em fracasso espiritual. Frequentar a igreja e participar ativamente dela não é tudo. “Ninguém pode prever até onde se embrenhará no pecado quando uma vez se tiver rendido ao poder do grande enganador. Satanás entrou em Judas Iscariotes e induziu-o a trair seu Senhor” (Ellen G. White, Testemunhos Para Igreja, v. 5, p. 103).
Deus dá oportunidades para não nos perdermos, mas pecados acariciados poderão definir nossa opção ao lado de Satanás. Você tem aceitado diariamente a regeneração que Cristo ternamente lhe oferece?