A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade. Em seguida partiu de viagem. Mateus 25:15
Os servos da parábola haviam recebido talentos, ou moedas de ouro. Respectivamente, um recebeu cinco talentos; outro recebeu dois, e o último, um.
Esses talentos representam “dons especiais do Espírito Santo, juntamente com todos os dotes naturais” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 545).
Os talentos não pertenciam aos servos, mas ao mestre, que os havia confiado a eles como mordomos, para administrá-los.
Quando o senhor retornou, chamou os servos para prestar contas. Os primeiros haviam administrado bem os talentos e os multiplicaram. O último tinha cavado a terra e escondido o talento.
Os dons espirituais vêm do Espírito Santo. E o Espírito Santo vem junto para nos capacitar a desenvolvê-los. Os que julgam ter o menor dom devem compreender que não importa o tamanho ou a quantidade de dons, e sim a atuação do Espírito Santo para que esses dons sejam utilizados e deem resultado.
A quantidade ou o tamanho dos talentos não isenta ninguém de trabalhar para Jesus. Deus prova nosso caráter na distribuição dos dons. Com o mau uso de um único dom, o servo se mostrou infiel e indigno de receber mais.
A Bíblia louva pouco as virtudes do homem. Isso tem um motivo. “Todas as boas qualidades que as pessoas possuem são um dom divino. […] E como devemos tudo ao Senhor, a glória do que quer que sejam ou façam pertence somente a Ele; somos apenas instrumentos em Suas mãos. Além disso, conforme ensinam todas as lições da história bíblica, é perigoso louvar ou exaltar o homem; pois se alguém vem a perder de vista sua inteira dependência de Deus e a confiar na própria força, com certeza cairá” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 717).
Algumas pessoas se vangloriam de seus dons, como se os tivessem por si mesmas. Esquecem-se do Doador e tomam a glória para si. Habilidades, talentos, aquisições, bens e relacionamentos podem trazer grandes realizações se, com eles, honramos a Deus. Se alimentam o orgulho e a satisfação própria, tornam-se fonte de infortúnio, frustração e desgosto.
Que Deus a ajude a multiplicar aquilo que graciosamente você recebeu Dele! Então, naquele dia, você ouvirá as palavras: “Serva boa e fiel!”