Olá a todos.
Gostaria de comentar um pouco sobre as falas que lemos em Isaías 11 a 14
Na lição desta semana, temos:
“Naquele dia, se dirá: ‘Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos’” (Is 25:9).
Os contextos de Isaías 11 a 13 são de esperança para alguns, e de temor e tremor para outros, visto que, principalmente em Isaías 13, a linguagem é forte para mostrar as punições que serão permitidas por Deus através da invasão e desolação.
Ao final da lição de sábado (30/01/2021), temos que os pecados do orgulho e exaltação própria são os verdadeiramente originais. Se olharmos para o que foi cometido por Adão e Eva, temos:
Falando apenas sobre os seres humanos, vemos que Eva claramente cobiçou do fruto, e Adão comeu com ela, ou seja, ambos colocaram seus interesses acima da determinação dada pelo ETERNO e, portanto, exaltaram-se a si mesmos acima DEle. Ambos furtaram, inclusive, tendo em mente que pegaram algo que Deus dissera claramente não lhes pertencer.
Vejamos o contraste em Isaías 11:15 e 16:
E o Senhor destruirá totalmente a língua do mar do Egito, e moverá a sua mão contra o rio com a força do seu vento e, ferindo-o, dividi-lo-á em sete correntes e fará que por ele passem com sapatos secos.
E haverá caminho plano para o remanescente do seu povo, que for deixado da Assíria, como sucedeu a Israel no dia em que subiu da terra do Egito. Isaías 11:15,16
Ou seja, para um grupo (Egito) ele diz que será lançado no esquecimento, e para outro (o remanescente) ele diz que haverá livramento diante dos problemas (caminho plano...como sucedeu a Israel...), e esta comparação nos remete ao evento do mar vermelho e da atuação divina para preservar Seu povo.
Aí temos Isaías 12:
Considerando que Deus já havia falado em destruição de um grupo de pessoas, e no verso 1 ele fala que Deus se irou, mas Sua ira se retirou, temos, se pensarmos no contexto de Israel e de Nínive, por exemplo, percebemos que o texto se refere ao arrependimento posterior à ira divina, que faz com que Deus reconsidere o que faria em relação ao Seu povo remanescente.
Aí nos vêm a linguagem forte de Isaías 13:
Aqui e mais abaixo, Deus fala claramente que não permite que o mal fique impune para sempre, ou seja, que há limites mesmo para a permissão do mal e das injustiças, e que muitos dos males que enfrentamos podem ser resultado de nossa própria arrogância, cobiça, exaltação, rebeldia.
Eis que vem o dia do Senhor, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores.
Ora, mas mesmo em Israel haviam leis para prevenir o povo de pecar (exemplo: Êxodo 20 e 21), leis que puniam pelos pecados cometidos (exemplo, Êxodo 22), e leis para perdão/expiação dos pecados cometidos (exemplo: Também cada dia prepararás um novilho por sacrifício pelo pecado para as expiações, e purificarás o altar, fazendo expiação sobre ele; e o ungirás para santificá-lo. Êxodo 29:36), o que nos mostra que, quando Deus se refere à destruição dos pecadores/ímpios, Ele se refere aos pecadores voluntários, que agem em rebeldia, haja vista que o próprio Deus havia providenciado o perdão para os que pecassem e se arrependessem, para expiação dos pecados. O verso 11 acima mostra bem esta questão de rebeldia, ao se referir aos que serão visitados como arrogantes, atrevidos, soberbos e tiranos.
Deus complementa, dizendo:
E babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Isaías 13:19
E, por fim, no capítulo 14, esclarece que o livramento trará paz ao Seu povo:
Isto nos lembra o que fora prometido anteriormente:
Ou seja, Deus não está dizendo que destruirá as pessoas simplesmente porque cometeram este ou aquele pecado, mas por terem se afastado a tal ponto de não mais darem ouvidos às Suas instruções, tornando-se tiranos, soberbos, atrevidos, arrogantes, ímpios, maus, ou seja, não havendo nenhuma consideração para arrependimento entre tais pessoas, a ponto de não apenas torná-los cativos, mas de destruir a muitos deles. Por outro lado, Ele diz que, ainda que Seu povo tenha se afastado a ponto de se tornar cativo, a mudança de atitude deles buscando o arrependimento seria decisiva para mudar toda e qualquer situação, inclusive a de agir conforme a vontade de Deus e evitar enfermidades, desavenças, tirania, cobiça, opressão...
Que Deus nos abençoe a todos. Graça e Paz!
Marcelo Ribeiro Martins Ramos