Reavivados por Sua Palavra | Gênesis 38


 Leitura da Bíblia


Capítulo do dia | Narrada por Cid Moreira

Convidamos você a ler 1 capítulo por dia da Bíblia. Esse hábito irá transformar nossas vidas! 


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Comentários em Texto


Pr. Michelson Borges

Reflexão 

 Vidas em Contraste

“Judá se afastou de seus irmãos e se hospedou na casa de um adulamita, chamado Hira. Ali Judá viu a filha de um cananeu, chamado Sua; ele a tomou por mulher.” Gênesis 38:1, 2


Antes de apresentar detalhes sobre a fidelidade de José no Egito, Moisés abriu um parêntesis na narrativa para mostrar a infidelidade de Judá. Duas histórias muito contrastantes que deixam clara a liberdade de escolha que cada ser humano tem. Filhos do mesmo pai, mas donos de biografias totalmente diferentes. Judá escolheu deixar os irmãos e a família e tomou decisões contrárias à vontade de Deus. José foi tirado à força da convivência familiar, e decidiu ser fiel mesmo em terras pagãs. 


Judá fez amizade com um líder cananeu e se casou com uma cananeia. Ele estava perdendo de vista o fato de que a descendência de Abraão era o povo especial de Deus. Os filhos dessa união ilícita herdaram traços ruins do caráter do pai. A perversão de Er e Onã era tão grande que o Criador tirou-lhes a vida, como fez com os antediluvianos e outros ímpios – e fará no fim do milênio (Ap 20) com aqueles que insistirem em se agarrar ao pecado.


As diferenças entre Judá e a cananeia Tamar também ficam evidentes nesse capítulo: Tamar ainda usava suas roupas de viúva, enquanto Judá, logo após a morte da esposa, já estava em busca de festas. Os motivos para a atitude de Tamar estavam de acordo com a noção básica da lei do levirato, que servia para preservar as famílias. Judá apenas quis se divertir com uma prostituta. A conduta incoerente e legalista do fornicador Judá é a de muitos pretensos cristãos: é mais fácil condenar os outros e passar por alto os próprios pecados. José, Judá, Tamar... vidas em contraste e exemplos para nós – do que fazer e do que não fazer.


Promessa: O pecador Judá e a cananeia Tamar se tornaram parte da linhagem messiânica. Mesmo em meio às tragédias da vida vemos o Deus da graça em ação.


Arqueologia e história: A lei hitita estipulava que, se uma viúva se casasse com o irmão de seu marido anterior e ele também morresse, ela deveria se casar com o pai dos ex-maridos. Provavelmente esse tenha sido o procedimento de Tamar.


Comentários

Gênesis 38 é uma espécie de parêntesis entre o capítulo anterior e o posterior, que retoma a história de José. O capítulo narra a decadência espiritual e moral de Judá, filho de Jacó.

Gn 38:1 – Judá deixa seus irmãos e faz péssimas escolhas. Nunca abandone seus irmãos (igreja). 

Gn 38:1 – Judá escolheu deixar os irmãos e a família. José foi tirado à força da convivência familiar. A vida é feita de escolhas e tragédias. O importante é estarmos sempre sob a proteção e a direção de Deus. 

Gn 38:1, 2 – Judá fez amizade com um líder cananeu e se casou com uma cananeia. Ele estava perdendo de vista o fato de que a descendência de Abraão era o povo especial de Deus.

Gn 38:7, 10 – A perversão de Er e Onã, filhos de Judá, era tão grande que Deus teve que tirar-lhes a vida, como fez com os antediluvianos.

Gn 38:9 – Onã desprezou a lei do levirato e não quis dar descendência ao irmão morto. Queria apenas ter prazer com a cunhada. 

Gn 38:12, 13 – Diferença entre a cananeia Tamar e o hebreu Judá: Tamar ainda usava suas roupas de viúva, enquanto Judá estava em busca de festas.

Gn 38:14 – Judá não cumpriu a promessa feita a Tamar de entregá-la como esposa ao filho mais novo.

Gn 38:24 – A conduta incoerente e legalista do fornicador Judá é a de muitos cristãos: é mais fácil condenar os outros e passar por alto os próprios pecados. 

Gn 38:26 – A justiça de Tamar é contrastada com a pretensa justiça de Judá. Os motivos de Tamar estavam de acordo com a noção básica da lei do levirato, que servia para preservar as famílias. Judá apenas quis se divertir com uma prostituta.

Gn 38:26 – O pecador Judá e a cananeia Tamar se tornaram parte da linhagem messiânica. Mesmo em meio às tragédias da vida vemos o Deus da graça em ação.


Pr. Heber Toth Armí

Reflexão 

Duras críticas aos pecados alheios podem estar escondendo nossos próprios pecados. Este capítulo está repleto de imoralidade, perversidade, engano; e, cinicamente, de busca por justiça por gente injusta.

Geralmente desejamos que executem justiça aos que erram, mas exigimos ser tratados com misericórdia. Somos duros e inflexíveis contra os outros, mas queremos flexibilidade e misericórdia quando falhamos.

Infelizmente, aqueles que erram não admitem ou reconhecem seus erros até serem confrontados ou encurralados… Essas, e outras verdades, encontramos no relato de Judá e Tamar.

Distanciamento familiar, jugo desigual (comunhão) de quem serve a Deus com quem não O serve, jugo desigual no relacionamento conjugal, infidelidade nos compromissos (2 Coríntios 6:14), e, decisões imorais… resultam em tragédias que deveriam alertar-nos para a desgraça do maldito pecado. O pior é que o pecado torna os indivíduos insensíveis a Deus, desprovidos de senso moral próprio, mas com aguçado senso de justiça contra o próximo (Romanos 2:1-3).

Maldade, imoralidade e subterfúgio ligados à depravação sexual recheiam este capítulo do povo de Deus. Judá é o líder da tribo da qual descenderia o Messias. Tamar, mulher pagã, foi incluída na genealogia do Salvador (Mateus 1:3). Perez, “o primeiro dos gêmeos nascido de Tamar, fruto de prostituição e incesto, entrou, porém, na linhagem messiânica, que perpassou por Boaz e Rute e chegou ao rei Davi (Rt 4:18-22; Mt 1:3)”, destaca John MacArthur.

A verdade bíblica nua e crua deve servir de Raio-X de nossa vida, visando que busquemos reavivamento e reforma espirituais!

Ellen White expõe que a Bíblia “registra as faltas de homens bons, daqueles que se distinguiram pelo favor de Deus; efetivamente, suas faltas são apresentadas de modo mais completo do que as virtudes. Isto tem sido objeto para admiração de muitos e tem dado aos incrédulos ocasião para escarnecerem da Bíblia. É, porém, uma das mais fortes provas da verdade das Escrituras, não serem os fato explicados de maneira que os favoreça, nem suprimidos os pecados de seus principais personagens… Houvesse a Bíblia sido escrita por pessoas não inspiradas, e teria sem dúvida apresentado o caráter de seus homens honrados sob uma luz mais lisonjeira. Mas, assim como é, temos um registro exato de suas experiências” (PP, 238).

Reavivemo-nos na Palavra de Deus (Hebreus 4:12), alicerçados no Messias!

Fonte: https://reavivadosporsuapalavra.org/


      Comentários Selecionados

1-30 À primeira leitura, este capítulo parece fora de lugar. Contudo, existem nele importantes ligações para a circundante história de José. Vocabulário similar, a importância de símbolos de status (roupa, selo, equipe) e a importância crescente (e transformação) de Judá conecta este capítulo aos circundantes (Andrews Study Bible).

Este capítulo dá a origem das três principais famílias de Judá, a futura tribo real de Israel. Mostra também que os filhos de Jacó, esquecendo-se da sagrada vocação de sua raça, estavam em perigo de perecer nos pecados de Canaã. Se Deus, em Sua misericórdia, não Se tivesse interposto para promover a remoção de toda a casa de Jacó para o Egito, a nação escolhida poderia ter sucumbido à influência corruptora dos costumes cananeus. Assim, Gênesis 38 é parte da fase inicial da história de Israel. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 1. p. 453.

No Egito, os israelitas eram segregados porque os egípcios os desprezavam (43:32; 46.34). Bíblia de Estudo NVI Vida.

1-5 Judá sai da casa de Jacó e se casa com uma cananita e se torna amigo de um líder cananita. Todos estes elementos sugerem que Judá está perdendo sua visão da linhagem  como povo especial de Deus (Andrews Study Bible).

Sendo o quarto filho de Lia, Judá certamente não era mais do que uns três anos mais velho que José, o que o colocaria com cerca de 20 anos de idade na época em que José foi vendido (ver Gn 37:2; e com. de Gn 30:24). Entre a venda de José como escravo e a migração de Jacó para o Egito se passaram 22 anos (cf. Gn 41:16; 45:6), de forma que Judá estava com cerca de 42 anos de idade quando a família se mudou para o Egito. Nessa ocasião, ele não só tinha três filhos (Gn 38), mas aparentemente já era avô, como Gênesis 46:12 deixa implícito. Se assim for, seus filhos Er, Onã e Selá devem ter nascido antes de José ter sido vendido, uma vez que eles próprios já haviam alcançado a idade de casar quando ocorreram os eventos relacionados a Tamar, e Perez (filho de Tamar) já tinha dois filhos quando a família se mudou para o Egito. Essas observações levam a concluir que alguns filhos de Jacó se casaram bem jovens. Judá não devia ter mais de 14 anos de idade por ocasião de seu filho mais velho, Er. Por sua vez, Er não tinha mais do que 13 anos de idade quando se casou com Tamar. … Casamentos precoces não são incomuns em certas partes do Oriente ainda hoje. CBASD, vol. 1, p. 454.

6-10 A apresentação de Tamar, a esposa cananita de Er, é significativa. Apesar de que o fato de ser canaanita a coloca de fora das promessas especiais da família de Abraão, ela se torna a real heroína da história (Andrews Study Bible).

8 O casamento do levirato é conhecido das leis dos hititas e medo-assírias. A diferença principal é que na lei bíblica o cunhado é responsável em prover um herdeiro (Deut. 25:5-10). Onan tem relações sexuais com Tamar mas rejeita sua responsabilidade com ela e com seu falecido irmão (Andrews Study Bible).

Segundo o costume, Onã, sendo cunhado de Tamar, devia se casar com a viúva sem filhos de seu falecido irmão e suscitar descendência para ele. Onã, contudo, relutava em aceitar as responsabilidades que isso envolvia, uma vez que o filho primogênito não seria seu, mas perpetuaria a família do falecido e receberia sua herança. A conduta de Onã demonstrou falta de afeto natural pelo irmão e cobiça pelas posses e herança daquele. CBASD, vol. 1, p. 454.

Para não dar descendência a seu irmão. Porque o irmão morto, Er, era o primogênito, seu primogênito iria herdar a sua posição de liderança na família e a proção dupla (37.11, nota). Desejando o lugar do primogênito para si, o segundo filho, Onã (v. 4) tinha relações sexuais com Tamar, porém evitava que ela concebesse. Fazendo assim, ele era injusto tanto para com seu irmão morto quanto para com Tamar. Bíblia de Estudo NVI Vida.

11 Judá envia Tamar para a casa de seu pai para viver como viúva (Lev 22:13; Rute 1:8). Ele não parece estar comprometido a ter Tamar como membro de sua casa (Andrews Study Bible).

O fato de Judá nunca pretender cumprir a promessa fica evidente na desculpa de que Selá poderia morrer “também … como seus irmãos”. CBASD, vol. 1, p. 455.

12-13 Note a diferença entre Tamar e Judá. Tamar está vestindo suas roupas de viúva enquanto Judá, por sua vez, está a caminho de atividades festivas (Andrews Study Bible).

18 O teu selo, o teu cordão e o cajado. O “selo” de Judá era provavelmente um selo cilíndrico, carregado ao pescoço por um cordão. Como a literatura da época deixa claro, o selo era um objeto de considerável valor, uma vez que nenhuma transação comercial poderia ser feita sem ele. Talvez o cajado fosse ornamentado, como era própria do filho de um rico criador de gado. CBASD, vol. 1, p. 455.

21 A prostituta cultual. A palavra heb. aqui é diferente da do v. 15, zanah, uma mulher imoral. “Prostitua cultual” vem de qedeshah, “a consagrada” ou “a devotada”. O culto religioso cananeu, como o da Grécia, fazia provisão para grande número de prostitutos e prostitutas cultuais. Essa profissão era respeitável entre os cananeus e, portanto, ao perguntar pela prostituta a quem devia entregar o cabrito, Hira usou o termo mais respeitável. CBASD, vol. 1, p. 455.

As prostitutas sagradas eram causadoras da pior forma de prostituição cabível, uma vez que lhe era conferida a sanção religiosa. Tratava-se de uma feição relevante de sistema de culto prevalecente entre os cananeus e que consistia na prostituição tanto masculina … quanto feminina, estando associada às práticas que se realizavam nos vários santuários espalhados pelo território. No AT, era frequente ver os profetas fazerem estreita ligação entre a prostituição e a apostasia nacional (cf Is 1.21; Jr 13.27; Ez 16.16 e Os 1.2, etc). Bíblia Shedd.

23 Judá está preocupado com respeito à vergonha de não haver redimido sua promessa, mas ignora os direitos de Tamar (Andrews Study Bible).

24-25 Adultério exigia a morte do ofensor (Lev 20:10; Deut 22:22) (Andrews Study Bible).

24 Para que seja queimada. Judá deu essa ordem em virtude de sua autoridade como cabeça da família. Além disso, essa lhe pareceu uma boa oportunidade de se livrar da obrigação de arranjar para ela um marido. Tamar era considerada a noiva de Selá, e como tal devia ser punida por quebra de castidade. … A seção 11o do código [de Hamurábi] declara que uma pessoa “devotada” (ver com de 38:21) que abrisse uma taberna ou entrasse numa para beber deveria ser queimada vida, … .  CBASD, vol. 1, p. 456.

26 Mais justa é ela do que eu. Havia pouca coisa que Judá pudesse fazer, exceto admitir a culpa. Novamente, como na conspiração contra José, ele revelou um espírito de decência e sinceridade por baixo da conduta às vezes vergonhosa. Sua franca confissão, a maneira como posteriormente tratou Tamar, seu êxito em criar os filhos nascidos dela, e o fato de um deles ser honrado com um lugar na linhagem ancestral de Cristo – tudo aponta claramente para uma reforma de sua parte. Um caráter mais excelente que o de seus irmãos mais velhos o qualificou para a liderança da família, e qualificou sua posteridade para a liderança em Israel (ver Gn 49:3, 4, 8-10). CBASD, vol. 1, p. 456.

A justiça de Tamar é contrastada com a semi justiça de Judá. A história se foca mais nos motivos do que nos atos e os motivos de Tamar estão alinhados com a lei do do levirato, que visava preservar famílias. … Tamar é parte da linhagem messiânica (Rute 4:12,  18-22; Mat 1:3-6) (Andrews Study Bible).

E nunca mais a possuiu. Fazê-lo o tornaria culpado de incesto. Bíblia de Estudo NVI Vida.

29 Perez. O nome dos filhos de Tamar refletiu o interessante episódio do nascimento deles. Quando os gêmeos nasceram na ordem inversa da que apareceram pela primeira vez, a parteira censurou o segundo, como se estivesse dizendo: “Então você conseguiu uma brecha para sair!” (NVI), talvez com o sentido de: “Realmente você soube passar à frente.”A partir dessas palavras da parteira, o menino recebeu o nome de Perez, “rompimento”. Embora a parteira não o considerasse o primogênito, ele é daí por diante sempre colocado à frente de Zera nas listagens genealógicas (Gn 46:12; Nm 26:20; etc.). Tornou-se o ancestral do rei Davi (Rt 4:18-22) e, através dele, do Messias (Mt 1:3-16). CBASD, vol. 1, p. 456.

30 Zera. O gêmeo com o fio vermelho no pulso recebeu o nome de Zera, “ascensão”. CBASD, vol. 1, p. 456.

Fonte: https://reavivadosporsuapalavra.org/


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